09/09/2021

Após uma semana foragido, Zé Trovão é localizado pela PF escondido no México e deve ser preso.

Após uma semana foragido, Zé Trovão é localizado pela PF escondido no México e deve ser preso.
Investigadores detectaram que líder caminhoneiro estava escondido em hotel na Cidade do México
Zé Trovão diz estar foragido no México: “Vou ser preso a qualquer momento”

BRASÍLIA - Após ter ficado uma semana foragido, o líder caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, foi localizado pela Polícia Federal escondido em um hotel no México e deve ser preso nesta quinta-feira, para então ser transportado de volta ao Brasil.

Os investigadores da PF vinham rastreando o paradeiro de Zé Trovão desde a quarta-feira da semana passada, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes expediu uma ordem de prisão contra o caminhoneiro por incitar um ato antidemocrático no dia 7 de setembro. Detectaram que ele havia deixado o Brasil antes da ordem de prisão, por meio de um voo para o México, e estava em um hotel na Cidade do México.

O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, divulgou um novo vídeo em que diz que aguardava ser preso, após saber que a embaixada brasileira o havia procurado no hotel
 
Mesmo foragido, Zé Trovão continuou gravando vídeos e incitando os atos do dia 7 de setembro. Nos últimos dias, ele pediu aos caminhoneiros que fechassem as rodovias, o que tem ocorrido desde ontem. Mais cedo, antes de ser preso, questionou a veracidade de um áudio do presidente pedindo que os caminhoneiros liberassem as rodovias.

Nesta quinta-feira, o próprio Zé Trovão divulgou um vídeo nas suas redes sociais afirmando que havia sido localizado e que iria se entregar para ser preso.

Em alguns momentos, eu devo ser preso. Eu não vou mais fugir, chega. Eu tô cansado disso, tá. Pra quem não sabe, eu estou no México e a embaixada brasileira acaba de entrar em contato com o hotel que eu estou. Então em alguns momentos, provavelmente, a polícia vem aqui me recolher e vai me levar preso —afirmou.

Zé Trovão dribla proibição do STF e faz nova incitação em rede social Foto: Reprodução/YouTube
Zé Trovão é caminhoneiro e dono do canal no Youtube "Zé Trovão a voz das estradas", que tem 40,2 mil inscritos. Em seus vídeos e postagens nas redes sociais, chamava a população para ir a Brasília e exigia a "exoneração dos 11 ministros do STF". Em outros vídeos, fez ataques à CPI da Covid, no Senado, além de ter participado de "motociatas" em favor do presidente Jair Bolsonaro. No último dia 29, o caminhoneiro se tornou um dos alvos da investigação da PGR.

À época, além de Zé Trovão, o cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), entre outros, tiveram suas casas revistadas pela Polícia Federal após a PF cumprir 29 mandados de busca e apreensão nos endereços residenciais.

Crédito: O GLOBO
Blog ipanoticias - Neto Camilo radialista

Líder do PCC e do tráfico em Paraisópolis deve ser solto nesta quinta

Líder do PCC e do tráfico em Paraisópolis deve ser solto nesta quinta
De Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, conseguiu diminuir sua pena de extorsão mediante sequestro graças a leitura de livros e a participação em cursos dentro da prisão
Líder do PCC e do tráfico em Paraisópolis deve ser solto nesta quinta

JUSTIÇA CRIME ORGANIZADO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem apontado pela polícia paulista como um dos principais chefes do PCC e como líder do tráfico de drogas na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, deve ser posto em liberdade nesta quinta-feira (9).

Preso atualmente na penitenciária de segurança máxima de Catanduvas (PR), Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, conseguiu diminuir sua pena de extorsão mediante sequestro graças a leitura de livros e a participação em cursos dentro da prisão.

Preso desde agosto de 2008, Silva cumpre pena no sistema federal desde 2012. Na ocasião, ele foi transferido a pedido governo paulista depois que órgãos de inteligência o apontaram como mandante do assassinato de policiais.

A ordem judicial para sua soltura já foi encaminhada para a unidade paranaense, que deve soltá-lo ainda nesta quinta. Ele não será o primeiro líder do PCC a deixar uma prisão pela porta da frente. A lista inclui, entre outros, André de Oliveira Macedo, 43, o André do Rap, e Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue -o primeiro está foragido, enquanto o segundo foi morto durante em uma guerra interna da facção.

O promotor Lincoln Gakiya, especialista em PCC, disse que Piauí é uma liderança importante do PCC, sendo o primeiro preso paulista enviado para o sistema federal.

"A soltura dele representa um perigo muito grande. É um indivíduo que teve e tem contato com a liderança do PCC, com Marcola e demais lideranças da facção que estavam no sistema federal. Agora, solto, poderá assumir novas funções na rua para o PCC", disse ele.

"Ele tem um poder econômico elevado, atendido por dezenas de advogados particulares", afirmou o promotor. Ainda segundo Gakiya, o Ministério Público de São Paulo desconhece outra condenação de Piauí -ou seja, não há nenhum impedimento legal para que ele seja solto.

De acordo com o colunista do UOL Josmar Jozino, especialista em crime organizado, a Justiça Federal informou em 2019 que Piauí recebeu 44 visitas de advogados no período entre maio de 2015 e janeiro de 2017 , mesmo sem possuir fonte de renda na época.

O texto também afirmava que ele tinha cometido cinco faltas graves durante o período que esteve preso. Além de Catanduvas, Piauí passou pelos presídios de Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS). Nos dois últimos, chegou a liderar greves de fome dos presos, o que fez com que fosse colocado no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), o mais rigoroso do sistema prisional brasileiro.

Para o sociólogo Luis Flavio Sapori, professor da PUC Minas e especialista em segurança pública, a legislação de execução penal no Brasil é muito mais leniente do que em outros países e coloca poucos empecilhos para a progressão de regime.

"A perspectiva da lei prevalecente é favorecer o máximo possível o retorno do preso ao convívio social. Isso é relevante e justificável, mas para presos com trajetória criminal menos grave, e não para presos ligados a organizações criminosas", afirma ele.

"A segurança pública paga um preço muito alto por essa ausência de critérios legais mais rigorosos para a liberação de indivíduos envolvidos no crime organizado", finaliza Sapori.
Além das ordens para o assassinato de policiais em 2012, a polícia também afirma que, Piauí também teria ordenado de dentro da prisão um tumulto na favela de Paraisópolis que durou ao menos três dias em 2009 .

A Folha de S.Paulo não conseguiu contato com o advogado de Piauí.

Crédito: justiça ao minuto
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