01/09/2022

Polícia Federal aponta associação criminosa de militares para tráfico em aviões da FABInvestigação revela ainda que mensagens foram apagadas para impedir a identificação de outros envolvidos no esquema.

Polícia Federal aponta associação criminosa de militares para tráfico em aviões da FAB
Investigação revela ainda que mensagens foram apagadas para impedir a identificação de outros envolvidos no esquema
Em um relatório enviado à Justiça, a Polícia Federal afirma que dois militares da Força Aérea Brasileira (FAB) se associaram a um traficante de drogas para transportar drogas por meio de aviões da corporação. A investigação teve início após a prisão do sargento Manoel Silva Rodrigues, preso em flagrante no Aeroporto de Sevilha, na Espanha, por transportar 37 quilos de cocaína em uma aeronave presidencial.

De acordo com o documento, o esquema é antigo e diversas viagens oficiais da FAB foram usadas para transportar droga. A droga apreendida com o sargento Manoel foi avaliada em R$ 6,4 milhões. Na ocasião, ele fazia parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que seguia para o Japão, onde ocorreria uma reunião do G20.

De acordo com fontes ligadas à investigação ouvidas pelo R7, as diligências revelam que os criminosos se aproveitavam da falta de fiscalização dos voos oficiais para fazer o tráfico dos entorpecentes. Manoel segue preso na Espanha, onde foi condenado a seis anos de prisão. Ele também contaria com a ajuda da esposa, Wilkelane Nonato Rodrigues, e enviava a ela mensagens durante as viagens para informar sobre o sucesso da empreitada.

O sargento Manoel teria realizado o transporte de drogas em pelo menos sete ocasiões, sendo que duas foram viagens internacionais. A investigação também relata a participação do sargento Jorge Luís da Cruz Silva, que seria responsável por recrutar militares a serem integrados ao esquema.

As diligências ainda revelam que mensagens e outras provas foram apagadas, a fim de prejudicar a identificação de outros envolvidos. A Justiça Militar brasileira também condenou Manoel, mas ele cumpre pena em solo espanhol.

Credito: R7 Brasília
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Presidente da Câmara Municipal de Macau é preso em operação do MP

Presidente da Câmara Municipal de Macau é preso em operação do MP
Operação do MP na Câmara Municipal de Macau — Foto: MP/Divulgação

Parlamentar também foi afastado do cargo. Ação investiga desvio de dinheiro público e também cumpriu mandado de prisão temporária contra empresário nesta quinta-feira (1).

O presidente da Câmara Municipal de Macau, na região Central potiguar, foi preso e afastado do cargo por 90 dias, durante a Operação Banner, deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte na manhã desta quinta-feira (1).

Segundo o MP, a operação tem objetivo de desbaratar um esquema de desvios de recursos públicos na cidade. Um empresário suspeito de participação nas fraudes também foi preso temporariamente.

Ainda de acordo com a corporação, as investigações para apurar supostas fraudes em dispensa de licitação, desvios de recursos públicos e associação criminosa foram iniciadas em julho de 2021.

Uma denúncia anônima apontava a realização de quatro contratações por dispensa de licitação em favor de uma empresa de comunicação. O dono da empresa, por sua vez, tinha sido o maior fornecedor da campanha do vereador, responsável por cerca de 61,56% dos recursos.

Nas investigações iniciais, o MP constatou que, somente em 2021, a Câmara Municipal de Macau firmou cinco dispensas de licitação e um pregão presencial com a empresa.

Chamou atenção dos investigadores as diferenças entre os objetos de contratação, que iam de fornecimento de aparelhos de ar-condicionado, películas, serviços gráficos e equipamentos de áudio para gravação até alimentos e material de expediente.

Nessas contratações, a empresa vencedora participou de disputas sempre com as mesmas empresas concorrentes e saindo vencedora em todas elas. Para o MP, tanto a empresa vencedora dos contratos, como as outras duas concorrentes que sempre perdiam têm características de empresas fantasmas.

Para o MPRN, "as três sociedades concorrentes apresentam aspecto de irregularidade, uma vez que são perceptíveis características típicas de empresas 'fantasmas'. Essas empresas só existem no plano jurídico, mas não funcionam de fato, para os fins a que se destinam, e comumente são desprovidas de espaço físico", apontou o órgão.

O MP afirmou que existia fracionamento de repasses de valores por parte da Câmara Municipal aos fornecedores de serviços - técnica que seria utilizada para burlar a fiscalização.

Para o MPRN, o vereador e os empresários investigados na operação Banner se associaram criminosamente para desenvolver um esquema de fraude a procedimentos licitatórios a fim de desviar verbas públicas. Os investigadores também apuram a possibilidade do cometimento dos mesmos crimes em outros municípios potiguares.

A ação contou o apoio da Polícia Militar. Ao todo, 9 promotores de Justica, 23 servidores do MPRN e 64 policiais militares cumpriram dois mandados de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Macau e Natal.

Credito: g1 RN
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