17/02/2021

Presidente da Câmara tenta convencer Alexandre de Moraes a alterar decisão, mas ministro resiste

Vejam o que o blog jornal Ipanguaçuense conseguiu apurar após a prisão do deputado federal Daniel Silveira.
Para evitar crise, Lira procura ministros do Supremo e acena com punição a deputado bolsonarista

Presidente da Câmara tenta convencer Alexandre de Moraes a alterar decisão, mas ministro resiste

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), telefonou para ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) na tentativa de articular uma saída com a corte após o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) ter sido preso em flagrante na noite desta terça.O plenário do Supremo, porém, analisou o caso na tarde desta quarta (17) e, por unanimidade, ratificou a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ainda assim, a decisão do tribunal precisará ser encaminhada à Câmara, que decidirá se manterá ou não a prisão.O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) durante discurso na Câmara na votação da reforma da Previdência; líder do centrão é hoje candidato à presidência da Câmara

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) durante discurso na Câmara na votação da reforma da Previdência; líder do centrão é hoje candidato à presidência da Câmara. Luis Macedo - 12.ju.19/Câmara dos Deputados/

Arthur Lira (centro) após ser eleito presidente da Câmara, nesta segunda (1°)
Arthur Lira (centro) após ser eleito presidente da Câmara, nesta segunda (1°). Pedro Ladeira/Folhapress

Lira durante a cerimônia de posse do ministro das Comunicações, o deputado Fábio Faria (PSD-RN), no Palácio do Planalto, já no governo Bolsonaro

Antes da decisão do plenário do STF, em ligação a pelo menos três magistrados da corte, Lira deu o recado de que não quer gerar uma crise entre os Poderes, mas que seus aliados temiam criar um precedente perigoso de prisão de congressistas, que têm imunidade parlamentar.

Ou seja, por ora, ele não teria como garantir que o plenário da Casa chancelaria a decisão do Supremo.Depois, Lira insistiu em um acordo no qual Moraes revogaria a própria decisão e transformaria a determinação de prisão em cautelares, como por exemplo uma prisão domiliciar.

Moraes, porém, refutou o trato e tem o apoio de colegas da corte, que não vislumbram chance de o STF voltar atrás. Principalmente após a decisão unânime do plenário.

Integrantes do tribunal, por sua vez, indicaram que veriam como uma afronta do Parlamento uma atitude que livre Daniel Silveira de qualquer punição. É preciso condenar enfaticamente os ataques à corte, avaliam magistrados.

Por isso, Lira propôs acelerar o rito do processo que pode resultar na cassação do mandato. A ideia é a própria Câmara apresentar uma representação por quebra de decoro para demonstrar que a própria cúpula da Casa refuta o comportamento do deputado.

Pessoalmente, o deputado do PP defende a soltura de Silveira, mas quer desenvolver uma saída para que o plenário da Câmara nem sequer julgue o tema para não expor o que seria uma derrota de decisão do Supremo.

O deputado federal Daniel Silveira (PSL- RJ) fez exame de corpo de delito antes de ser encaminhado à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro 
O deputado federal Daniel Silveira (PSL- RJ) fez exame de corpo de delito antes de ser encaminhado à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro - Betinho Casas Novas/Futura Press/Folhapress
O presidente da Casa não quer afrontar o Supremo para evitar crise no início da sua gestão. 

Mas existe também como pano de fundo o fato de o parlamentar estar na mira de ao menos três casos no STF. Desses, dois já tiveram a denúncia recebida por maioria dos ministros, mas as ações penais ainda não foram formalizadas em razão de recursos.

Em reserva, um ministro da corte disse que o presidente da Câmara demonstrou boa vontade com o tribunal no caso Silveira. Dirigentes de partidos do chamado centrão avaliam que houve excessos tanto por parte do parlamentar do PSL como de Moraes.

Por medo de abrir caminho para facilitar que o STF decrete outras prisões temporárias, a ideia mais debatida entre líderes aliados de Lira é propor que o caso seja encaminhado ao Conselho de Ética.

Já o colegiado enviaria o caso direto ao plenário da Câmara para que se casse ou no mínimo afaste do mandato o deputado do PSL ainda nesta semana.

Até para esta saída alguns entraves. Isso porque há prazos regimentais para que o deputado apresente sua defesa quando enfrenta processo por quebra de decoro. Isso pode levar meses para ocorrer e suprimir os prazos e levar ao plenário pode ser encarado como afronta ao devido processo legal.
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) durante reunião da Comissão Especial de Política de Mobilidade Urbana da Câmara
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) durante reunião da Comissão Especial de Política de Mobilidade Urbana da Câmara. Câmara dos Deputados/Vinicius Loures - 27.ago.2019

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) deixa a superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ser alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa e gabinete, no âmbito do inquérito das fake news do STF.
O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) deixa a superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ser alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa e gabinete, no âmbito do inquérito das fake news do STF. Folhapress/Pedro Ladeira - 16.jun.2020

Daniel Silveira (à esquerda) durante comício em Petrópolis, Rio de Janeiro, na campanha eleitoral de 2018. Na ocasião, Rodrigo Amorim (ao centro) quebra uma placa em homenagem à vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada em março daquele ano, ao lado do candidato ao governo do Rio, Wilson Witzel (à direita)

Daniel Silveira (à esquerda) durante comício em Petrópolis, Rio de Janeiro, na campanha eleitoral de 2018. Na ocasião, Rodrigo Amorim (ao centro) quebra uma placa em homenagem à vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada em março daquele ano, ao lado do candidato ao governo do Rio, Wilson Witzel (à direita)

Daniel Silveira (à esquerda) durante comício em Petrópolis, Rio de Janeiro, na campanha eleitoral de 2018. Na ocasião, Rodrigo Amorim (ao centro) quebra uma placa em homenagem à vereadora do PSOL Marielle Franco, assassinada em março daquele ano, ao lado do candidato ao governo do Rio, Wilson Witzel (à direita)
Num primeiro momento, segundo aliados, Lira chegou a sugerir em conversa com Alexandre de Moraes que ele aguardasse uma decisão da Câmara, o que o ministro rejeitou pois disse que a decisão estava tomada.

No Supremo, também existe a avaliação de que o conselho demoraria a dar um veredito sobre o caso, por isso a saída respeitando o rito do colegiado não agrada. As conversas ocorreram em reunião da direção da Mesa e também nos bastidores em busca da melhor solução para o imbróglio.

O deputado do PSL é alvo de dois inquéritos no STF —um apura atos antidemocráticos e o outro, fake news. Moraes é relator de ambos os casos, e a ordem de prisão contra o deputado bolsonarista foi expedida na investigação sobre notícias falsas.

Nesta terça, Silveira publicou na internet um vídeo com ataques a ministros do Supremo em que usa palavras de baixo calão contra Fachin e outros magistrados, acusa-os de vender sentenças e sugere agredi-los.

"Hoje você se sente ofendidinho, dizendo que é pressão sobre o Judiciário, é inaceitável.​ Vá lá, prende Villas Bôas. Seja homem uma vez na tua vida, vai lá e prende Villas Bôas. Seja homem uma vez na tua vida, vai lá e prende Villas Bôas. Fala pro Alexandre de Moraes, o homenzão, o fodão, vai lá e manda ele prender o Villas Bôas."

O deputado segue com as ofensas: "Vai lá e prende um general do Exército. Eu quero ver, Fachin. Você, Alexandre de Moraes, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, o que solta os bandidos o tempo todo. Toda hora dá um habeas corpus, vende um habeas corpus, vende sentenças", afirmou.

Silveira também afirma que Fachin é "moleque, mimado, mau caráter, marginal da lei" e depois acrescenta que é "vagabundo, cretino e canalha". O deputado bolsonarista também fala que o ministro é a "nata da bosta do STF".

Em relação a Moraes, deputado chama o ministro de "Xandão do PCC" em alusão à facção criminosa Primeiro Comando da Capital. Disse também que Luís Roberto Barroso "gosta de culhão roxo" e, ao falar de Gilmar, fez um sinal com os dedos indicando dinheiro.

O parlamentar diz ainda que Fachin é militante do PT e de partidos e nações "narcoditadoras".

"Foi aí levado ao cargo de ministro porque um presidente socialista resolveu colocá-lo na Suprema Corte para que ele proteja o arcabouço do crime no Brasil, que é a Suprema, a nossa Suprema, que de suprema nada tem."

Ao ser preso, Silveira voltou às redes sociais: "Polícia Federal na minha casa neste exato momento com ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes".

Pouco depois, o parlamentar postou um vídeo: "Neste momento, 23 horas e 19 minutos, Polícia Federal aqui na minha casa, estão ali na minha sala".

"Ministro “Alexandre de Moraes", eu quero que você saiba que você está entrando numa queda de braço que você não pode vencer. Não adianta você tentar me calar", afirmou.

Credito: Julia Chaib, BRASÍLIA
BLOG: BJI

Homem com placa de Marielle é agredido por apoiadores de Silveira na PF-RJ

Homem com placa de Marielle é agredido por apoiadores de Silveira na PF-RJ
Um homem que fazia uma manifestação com uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros em um atentado na noite de 14 de março de 2018, foi agredido por apoiadores do deputado federal Daniel Silveira (PSL) hoje à tarde em frente à sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde o parlamentar está preso.

Policial militar reformado, Silveira ganhou notoriedade em 2018, quando ajudou a quebrar uma placa de rua feita em homenagem a Marielle. Naquele ano, ele foi eleito para o cargo de deputado federal.

Homem com placa com o nome de Marielle é agredido por manifestantes em frente à sede da PF no Rio, onde o deputado Daniel Silveira está preso.

A confusão começou quando um dos apoiadores do deputado retirou a placa das mãos do manifestante e a jogou no chão. Em seguida, o homem foi agredido por um mata-leão.

Um vídeo feito pela Super Rádio Tupi registrou o momento após a agressão. O homem agredido, que estava com uma perna imobilizada e usava muletas, aparece no chão. Ele, então, se levanta, ofegante, enquanto passa a ser insultado pelos manifestantes. Um deles, com uma camisa com o rosto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), se aproxima e o xinga.

Silveira foi detido ontem à noite em Petrópolis, na região serrana do Rio, após despacho de prisão por flagrante delito publicado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sob a acusação de atacar os ministros da Corte em vídeo e de defender medidas antidemocráticas, como adoção do AI-5 (Ato Institucional número 5).

Moraes também lembra que Silveira chega a defender que todos membros do STF sejam substituídos e também instiga "a adoção de medidas violentas contra a vida e segurança dos mesmos, em clara afronta aos princípios democráticos, republicanos e da separação de poderes."

Para Moraes, as manifestações do parlamentar "revelam-se gravíssimas". "Pois não só atingem a honorabilidade e constituem ameaça ilegal à segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal, como se revestem de claro intuito visando a impedir o exercício da judicatura, notadamente a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito", justificou o ministro. (leia na íntegra).

O que diz a defesa de Silveira
A assessoria jurídica do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) disse, em nota compartilhada no Twitter, que a prisão decretada por Moraes tem "evidente teor político".

"A prisão do deputado representa não apenas um violento ataque à sua imunidade material, mas também ao próprio exercício do direito à liberdade de expressão e aos princípios basilares que regem o processo penal brasileiro", diz a nota da defesa, assinada pela advogada Thainara Prado.

A assessoria jurídica também contesta os argumentos utilizados pelo ministro e a prisão por flagrante delito. "Os fatos que embasaram a prisão sequer configuram crime, uma vez que acobertados pela inviolabilidade das palavras, opiniões e votos que a Constituição garante aos Deputados Federais e Senadores".

Crédito: Herculano Barreto Filho, Do UOL, no Rio, 
Imagem: Camila Moraes/Super Rádio Tupi
17/02/2021
Blog: bji

Belo é preso 4 dias após show em escola no Complexo da Maré

Belo é preso 4 dias após show em escola no Complexo da Maré
Cantor, sócios de produtora e chefe do tráfico do Parque União foram alvo de operação da Delegacia de Combate às Drogas. Artista é investigado por apresentação apesar das proibições devido à pandemia; polícia também apura invasão à escola onde houve o evento.
O cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, foi preso nesta quarta-feira (17) pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O artista é investigado pela realização de um show no sábado (13), no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, apesar das proibições devido à pandemia.

Como o evento foi em uma escola estadual do Parque União e não teve autorização das autoridades de Saúde, a polícia também investiga a invasão ao colégio. Segundo investigadores, as salas de aula do Ciep 326 – Professor César Pernetta foram utilizadas como camarotes.

É o que eu mereço'

Belo é preso por show durante a pandemia no Rio de Janeiro
A operação se chama "É o que eu mereço", em referência a uma das músicas do cantor, que chegou à DCOD por volta das 15h30 desta quarta.
Na chegada, ele afirmou que precisa "saber o que está acontecendo enquanto achar que cantar e fazer musica é crime". O G1 procurou a assessoria de Belo, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

Mulher de Belo, a modelo Gracyanne Barbosa postou um texto no Instagram. Ela argumentou que Belo "chega pela porta de trás nos locais de shows, vai direto ao camarim e entra no palco. Só em cima dele tem o contato e a noção do público".

Gracyanne também afirmou que o cantor cumpre normas e testa a equipe contra a Covid-19. "Ele se preocupa com aglomerações e sempre reivindica quando se burla alguma regra deixando ele ou seus fãs em risco", escreveu.

Quatro mandados de prisão
Gracyanne Barbosa foi à Cidade da Polícia, para onde Belo foi levado — Foto: Reprodução/TV Globo

Por Leslie Leitão e Henrique Coelho, TV Globo e G1 Rio17/02/2021
Blog: BJI

STF determina prisão do deputado Daniel Silveira após ataque a ministros

STF determina prisão do deputado Daniel Silveira após ataque a ministros
Por Daniela Lima, CNN

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite desta terça (16) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Silveira seguiu com policiais a caminho da Superintendência da Polícia Federal. Ele, que já é alvo do inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos, publicou um vídeo com ofensas, ameaças e pedido de fechamento do Supremo, segundo a decisão do ministro.

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) na abertura da exposição “Polícia Militar” (04.fev.2020)
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
“O autor das condutas é reiterante na prática criminosa, pois está sendo investigado em inquérito policial nesta CORTE, a pedido da PGR, por ter se associado com o intuito de modificar o regime vigente e o Estado de Direito, através de estruturas e financiamentos destinados à mobilização e incitação da população à subversão da ordem política e social, bem como criando animosidades entre as Forças Armadas e as instituições”, diz a decisão. 

“As condutas criminosas do parlamentar configuram flagrante delito, pois na verifica-se, de maneira clara e evidente, a perpetuação dos delitos acima mencionados, uma vez que o referido vídeo permanece acessível a todos os usuários da rede mundial de computadores, sendo que até o momento, apenas em um canal que fora disponibilizado, o vídeo já conta com mais de 55 mil acessos.”

CREDITO: CNN BRASIL POLÍTICA
BLOG: BJI

Daniel Silveira - PSL-RJ - Foto: Maryanna Oliveira - Câmara dos Deputados

Veja reações de políticos à prisão do deputado federal Daniel Silveira
Daniel Silveira - PSL-RJ 
Foto: Maryanna Oliveira - Câmara dos Deputados
 
Após decisão do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal prendeu, na noite desta terça-feira (16), o deputado federal Daniel Silveira - PSL-RJ) que divulgou vídeo com ameaças ao Supremo Tribunal Federal - STF.

O caso, agora, será analisado pelos plenários da Câmara dos Deputados e do STF para decidir se o parlamentar seguirá detido.

Logo após a prisão, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o vice da Casa, Marcelo Ramos - PL-AM, se manifestaram sobre o caso. Pediram tranquilidade e se compremeteram a analisar a situação de Silveira se guiando pela Constituição.

Nas primeiras horas após a prisão, sobretudo políticos da oposição do governo federal foram às redes sociais para se manifestar e condenar as falas do deputado. 

O senador Alessandro Vieira (PPS-RS) criticou as afirmações de Silveira, mas também questionou a decisão do STF. Vieira considerou que "não se deve admitir que, a pretexto de combater abusos verbais, se cometa grave abuso judicial".

Mais uma vez Moraes rasga a lei que jurou defender, acrescentou o senador.

Veja, abaixo, comentários divulgados por políticos nas horas seguintes à prisão de Silveira:

Arthur Lira, deputado federal - PP-AL e presidente da Câmara dos Deputados

Como sempre disse e acredito, a Câmara não deve refletir a vontade ou a posição de um indivíduo, mas do coletivo de seus colegiados, de suas instâncias e de sua vontade soberana, o Plenário.

Nesta hora de grande apreensão, quero tranquilizar a todos e reiterar que irei conduzir o atual episódio com serenidade e consciência de minhas responsabilidades para com a Instituição e a Democracia.

Para isso, irei me guiar pela única bússola legítima no regime democrático, a Constituição. E pelo único meio civilizado de exercício da Democracia, o diálogo e o respeito à opinião majoritária da Instituição que represento.

Marcelo Ramos, deputado federal - PL-AM e vice da Câmara dos Deputados

Sobre a prisão do deputado Daniel Silveira. Por força do artigo 53, parágrafo 2o, da CF, os autos devem ser encaminhados para a Câmara em 24h para que está, por maioria, decida sobre a manutenção ou não da prisão. Temos o dever de aguardar essa decisão colegiada.

É a Constituição que vincula os limites da atuação dos deputados e também das decisões judiciais excepcionalíssimas que permitem a prisão de um deputado em flagrante. É com a Constituição que vamos enfrentar esse episódio.

O momento exige, acima de tudo, serenidade!

As declarações são absolutamente reprováveis com o Judiciário que tem seus defeitos, mas que simboliza a Democracia em conjunto com o Legislativo e o Executivo, esses também imperfeitos. A questão a ser debatida é sobre a caracterização do flagrante que justificou a prisão.

Prudência, serenidade e debate técnico sobre o flagrante é o que deve nos orientar nesse momento. A despeito dos ânimos exaltados, o julgamento não deve ser sobre quem falou e o que falou, mas sobre a existência ou não do flagrante. Lembremos que essa decisão gerará precedente.

Flávio Dino, governador do Maranhão - PCdoB

Sobre prisão de deputado, importante notar que a imunidade parlamentar não é absoluta, conforme ampla jurisprudência. IMUNIDADE NÃO É IMPUNIDADE. Há um evidente ataque de milícias contra a democracia, que deve ser repelido. O STF não pode ser coagido na sua missão constitucional.

Rogério Carvalho, senador - PT-SE

São ataques inomináveis a ministros de uma instituição democrática. Com grave incitação de violência! Sem falar na reincidência de crimes se valendo da imunidade parlamentar. Rasgar a placa de Marielle reflete um ódio que não cabe mais ao Brasil. Daniel Silveira foi longe demais!

Randolfe Rodrigues, senador - Rede-AP

A democracia não pode tolerar quem atenta contra ela. Liberdade de opinião não pode ser confundida com incitação ao crime que é punível conforme artigo 286 do Código Penal. A REDE subscreverá denúncia ao Conselho de Ética da Câmara. 

Alessandro Vieira, senador - PPS-RS

Não concordo com nenhuma das afirmações do deputado Daniel Silveira, reincidente em atos ofensivos contra pessoas e instituições, mas não se deve admitir que, a pretexto de combater abusos verbais, se cometa grave abuso judicial. Mais uma vez Moraes rasga a lei que jurou defender. 

Glauber Braga, deputado federal - Psol-RJ

O deputado bolsonarista buscou essa exposição. Temos é que cassar o mandato. Só assim terá prejuízo político real. Sobram motivos. Ele sempre ameaça atirar na esquerda. É entender taticamente a disputa momentânea entre direita X extrema-direita e avançar com nossa própria linha!

Marcelo Freixo, deputado federal - Psol-RJ

Daniel Silveira foi preso em flagrante por ameaçar e incitar a violência contra ministros do STF. O deputado, que quebrou a placa de Marielle nas eleições de 2018 e defende um novo AI-5, é a imagem do banditismo bolsonarista que atenta contra a Democracia e o Estado de Direito.

Paulo Teixeira, deputado federal - PT-SP

Apologia ao AI-5 e o pedido de fechamento do Supremo são alguns dos crimes que levaram a prisão do Deputado Daniel Silveira. Por esses mesmos crimes o STF deveria pedir também a prisão do presidente da república e do seu filho.

Ivan Valente, deputado federal - Psol-SP

A impunidade de bolsonaristas facinoras como o Dep Daniel Silveira tem que ter resposta à altura do STF,da Câmara e da sociedade.Ñ venha o Centrão blindar delinquentes no Congresso ,nem o STF pode se acovardar com ameaças de generais golpistas.Cadeia neles!

CREDITO: CNN
BLOG: BJI

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