16/01/2021

PGR pede ao STJ que investigue governador do AM e prefeitura de Manaus por colapso no sistema de saúde

PGR pede ao STJ que investigue governador do AM e prefeitura de Manaus por colapso no sistema de saúde
Estado enfrenta falta de oxigênio para atender a pacientes de Covid-19. PGR pediu informações ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre cumprimento de medidas contra a pandemia.
Por Fábio Amato e Márcio

O procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, informou na noite deste sábado (16) que pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a abertura de um inquérito para apurar eventual omissão do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e da prefeitura de Manaus no colapso do sistema de saúde no estado após novo aumento de casos de Covid-19.

Em nota, a PGR informou ainda que pediu ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informações sobre o "cumprimento de medidas de competência da pasta."

"As providências da PGR consideram julgados do Supremo Tribunal Federal (STF) que afirmaram a competência de municípios, estados e União para atuar conjuntamente no combate à pandemia, cabendo aos primeiros a execução das medidas no âmbito local", diz a nota.

O G1 procurou o governo do Amazonas e a prefeitura de Manaus e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.

Manaus está em colapso com o avanço dos casos de Covid-19: as internações e os enterros bateram recordes, as unidades de saúde ficaram sem oxigênio e pacientes estão sendo enviados para outros estados. Lotados, os cemitérios precisaram instalar câmaras frigoríficas.

A situação é pior do que a registrada no auge da pandemia em abril e maio do ano passado, como mostram os dados levantados pelo G1.
Pacientes de Covid-19 são transferidos para outros estados por conta de falta de oxigênio em Manaus. — Foto: Arthur Castro/Divulgação/Governo do AM

Até esta sexta (15), mais de 226 mil pessoas foram infectadas pela Covid em todo o estado, e mais de 6 mil morreram. O boletim atualizado apontou que mais de 1,7 mil pessoas com Covid estavam hospitalizadas.

Críticas
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro têm sido alvo de críticas pelo colapso no sistema de saúde do Amazonas. Na sexta (15), Bolsonaro afirmou a apoiadores que o governo federal vem fazendo a sua parte no auxílio a Manaus.

Mais cedo neste sábado (16), Bolsonaro usou suas redes sociais para falar sobre repasse de recursos federais a Manaus. Segundo o presidente, no ano passado a cidade recebeu R$ 2,36 bilhões.

Esse valor transferido a Manaus, porém, equivale a R$ 1.063,26 por habitante. Por esse critério, o repasse a Manaus é o segundo menor entre as 27 capitais, acima apenas da cidade do Rio de Janeiro, que recebeu o equivalente a R$ 946 por habitante em 2020.

Na nota, Aras informa ainda que conversou com o presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), Fabiano Dallazen, e que pediu a todos os procuradores-gerais de Justiça e aos procuradores-gerais do Ministério Público da União (MPU) "que adotem medidas junto aos governantes locais para prevenção da crise sanitária diante da expectativa de agravamento do quadro (da pandemia de Covid-19) nos próximos dias."

Governador determinou restrições
Neste sábado, o governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou que prorrogará, até 31 de janeiro, o fechamento do comércio não-essencial no estado.

Na quinta (14), Lima publicou um decreto que proíbe a circulação de pessoas em Manaus entre 19h e 6h. Todas as atividades, exceto serviços essenciais para a vida, também estarão proibidos de abrir.

A medida deve valer por 10 dias, a partir desta quinta-feira, e também vale para todos os municípios do Estado.

Por: Falcão, G1 — Brasília,
BLOG: J, IPANGUAÇUENSE.
16/01/2021

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Estudantes de escolas públicas do RN enfrentam provas do Enem após 10 meses sem aulas presenciais

Estudantes de escolas públicas do RN enfrentam provas do Enem após 10 meses sem aulas presenciais

Alunos citam desigualdade diante da concorrência e medo de contaminação por Covid-19 durante exame. Em algumas escolas, sequer a aulas virtuais os estudantes conseguiram ter acesso.

Pesquisa realizada em junho apontava que, dos jovens que pretendiam fazer o Enem, quase a metade havia pensado em desistir da prova — Foto: Mariana Leal/MEC

A estudante Luana Félix, de 19 anos, vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano na tentativa de cursar medicina. Aluna da Escola Estadual José Fernandes Machado, no bairro Ponta Negra, Zona Sul de Natal, ela - assim como toda a turma - vai precisar encarar a prova e a concorrência a partir do próximo domingo (17) sem ter assistido uma aula presencial sequer desde o mês de março, por conta da pandemia da Covid-19.

 

"Com toda certeza nós não vamos ter a mesma chance. Não tivemos a base que os alunos que tiveram aula esse ano têm para realizar a prova", lamentou.

A realidade dela e dos colegas de sala é também a de milhares de estudantes da rede pública do Rio Grande do Norte, que viram as aulas presenciais serem canceladas no dia 17 de março - há cerca de 10 meses.

 

Sem condições de investir em algum cursinho particular ou em outra forma de ensino, Luana precisou se virar como deu para estudar. A solução foi a internet - plataforma que ela mesmo admite que muitos estudantes sequer têm acesso.

"Eu me preparei da maneira que eu consegui, em meio a todos os acontecimentos. Não tenho condições de bancar um cursinho, então estudei por conta própria, procurando apostilas na internet", disse.

"Acredito que nem todos tem esse acesso e que esse Enem vai ser mais desigual do que os outros".

 A estudante acredita que um dos principais problemas, para os alunos da rede estadual, foi a demora para definir como as aulas aconteceriam durante a pandemia. A escola em que ela estuda, por exemplo, não teve sequer aulas virtuais, apenas atividades que eram enviadas por um sistema on-line e que, segundo ela, "nem todos tinham acesso".

"Meses depois é que foram enviar as atividades. Foram muitas atividades", contou Luana, explicando que era líder da turma e repassava os exercícios aos demais alunos, que também se veem em uma situação delicada para fazer o Enem.

Estudante potiguar Luana Félix vai prestar o Enem 2020. Ela cita desigualdade e risco de contaminação pela Covid-19 — Foto: Cedida

"A dificuldade não estava só em não ter acesso aos conteúdos, mas também em compreender a matéria. Nem todos tinham tempo e estrutura para realizar as atividades. No grupo da minha turma, eu ajudei da maneira que eu pude. Pedia ajuda dos professores que eu tinha o contato, mas mesmo assim foi e está sendo muito complicado", falou.

 

Segundo a Secretaria da Educação da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), menos de 10% das escolas estaduais não realizaram, em 2020, atividades não presenciais no período da pandemia.

"A SEEC buscou disponibilizar diversas ferramentas para que eles continuassem com o processo de ensino aprendizagem, seja pela internet, com materiais impressos ou aulas na TV aberta. Em algumas regiões, até aulas pelo rádio foram ministradas", disse em nota.

 

A secretaria disse que as atividades são consideradas as aulas, já que para cada atividade o professor preparou uma aula e inseriu no Sistema Integrado de Gestão da Educação (Sigeduc).

A estudante Letícia Gabrielly, de 19 anos, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), está em situação semelhante: ela também não teve nenhuma aula presencial desde março.

 

A situação das duas alunas é distinta dos estudantes das escolas particulares, que tiveram o retorno gradativo das atividades a partir de setembro. Muitos deles também contaram com um cronograma organizado de aulas on-line.

Diferente de Luana, no entanto, Letícia teve acesso às aulas virtuais, mas apenas por volta dos meses de agosto e setembro - pelo menos cinco meses depois da suspensão das aulas.

 

Para tentar não ficar para trás no conteúdo que será cobrado nas provas do Enem, ela também tentou estudar por conta própria - em casa e sem auxílio - durante esse período. E o principal recurso foi à internet.

Letícia Gabrielly, estudante potiguar também vai prestar Enem neste ano — Foto: Cedida

"Devido à situação atual, sem aulas presenciais e com as aulas remotas totalmente diferentes do que eu era acostumada, eu tive que optar por estudar sozinha. Comecei a procurar assuntos específicos em vídeos na internet e fazer anotações", disse.

Letícia vai tentar aprovação em algum curso da área de saúde, que ainda não definiu, no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Mas é outra que vê suas chances menores diante de parte da concorrência nesse momento.

"Eu acredito que a minha chance de ser aprovada nos cursos que eu quero caiu muito, pois além de ter que me adaptar para as aulas remotas, ainda tem a preocupação de como o mundo se encontra diante do caos que esse vírus está causando".

As duas estudantes dizem algo em comum: que o Enem não deveria acontecer neste momento. Além de apontar o cenário de desigualdade, elas ainda reforçam o risco de contaminação pela Covid-19 durante o exame.

"O Enem deveria ser adiado. Não concordo em ser feito agora, porque não coloca em risco só os adolescentes, mas também os familiares. Vamos passar de cinco a seis horas numa sala fechada, fora os que vão passar todo esse tempo em escolas que não tem um ventilador funcionando. Acho irresponsabilidade", diz Luana.

 "Vamos pegar ônibus lotados, filas para entrar e voltar para nossas casas sem saber se estamos infectando nossa família. Além de desigual, vai ser arriscado", completa.

 Letícia cita que a prioridade neste momento deveria ser preservar vidas.

"Eu acho uma falta de noção e de empatia, nós, estudantes, termos que fazer essa prova estando suscetíveis a uma contaminação de um vírus que já matou mais de 1 milhão de pessoas no mundo inteiro. A preocupação agora deveria ser preservar a vida de todos", falou.

"O certo seria evitar aglomeração e incentivar as pessoas a ficarem em casa e não submeter os estudantes a um grande risco de contaminação".

 G1 consultou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) sobre quantos locais e quantas salas seriam usadas na aplicação das provas do Enem neste ano. O instituto respondeu que "os dados de logística para aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 serão disponibilizados pelo Inep após a aplicação do exame".


 

Escola Estadual José Fernandes Machado, em Ponta Negra — Foto: Google Street View

Enquanto as escolas privadas tiveram o retorno gradativo e híbrido iniciado por volta de setembro no estado, a rede pública de educação está se preparando para o retorno das aulas presenciais no mês de fevereiro no Rio Grande do Norte.

As escolas estaduais voltam no dia 1º de fevereiro, enquanto as municipais têm previsão para um dia depois, no dia 2. Ambas vão finalizar primeiro o ano letivo 2020 nos primeiros meses de retorno.

 

Por Leonardo Erys, G1 RN: 16/01/2021

BLOG: J, IPANGUAÇUENSE 

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 Presidente discursou na terça, um dia antes de o Radar revelar o processo de fritura que pode resultar na demissão de André Brandão

 Na terça, ao discursar no Planalto durante a cerimônia que comemorou os 160 anos da Caixa Econômica Federal, Jair Bolsonaro distribuiu recados sobre o papel social do banco e a importância da presença da instituição nos municípios pobres do Brasil profundo.

 Na quarta, depois de o Radar revelar que o presidente havia decidido demitir o chefe do Banco do Brasil por justamente fechar agências no interior, a fala de Bolsonaro passou a ter novo significado.

 “Passando por lugarejos pobres, como em Venda Velha, no Ceará, fomos jogar um bilhar no Bar do Beiçada. Ali, um falou: ‘não tem banco aqui’. Imediatamente ligamos para o presidente da Caixa e dois dias depois tinha um ônibus da Caixa lá em Venda Velha. Para aquele povo, Pedro (Guimarães, presidente da Caixa), isso não tem preço… Essa é a Caixa que nos orgulha”, disse Bolsonaro.

 Na sequência, o presidente se dirigiu a Paulo Guedes: “Muitos dizem que economista não tem coração. Paulo Guedes, os nossos economistas têm coração”.

 André Brandão anunciou um dia antes do discurso de Bolsonaro um plano de reestruturação do BB com programa de demissões de 5.000 servidores e fechamento de agências em mais de 300 cidades. A medida provocou descontentamento em prefeitos e deputados que cobraram o Planalto pela falta de sensibilidade na decisão.


Radar Por Robson Bonin

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