31/08/2022

Rafael diz que não há água do Rio São Francisco que lave o que Rogério fez com o trabalhador brasileiro

Rafael diz que não há água do Rio São Francisco que lave o que Rogério fez com o trabalhador brasileiro
O candidato do PSB ao Senado, Rafael Motta, afirmou, em entrevista ao programa “12 em Ponto”, da 98 FM, que não há água do Rio São Francisco capaz de lavar a sujeira que Rogério Marinho, candidato de Bolsonaro a senador, fez com o trabalhador brasileiro. Rafael se refere à atuação de Rogério na criação das reformas trabalhista e previdenciária. 

“Ele tem muito a se explicar. Não adianta ficar colocando as águas do São Francisco, porque ele pode pegar todas as águas para lavar ele que não vai tirar a sujeira que ele fez com o trabalhador brasileiro”, afirmou Rafael Motta.

Questionado sobre a repercussão da reforma trabalhista, Rafael declarou que por onde anda, pergunta quem tem carteira de trabalho assinada. “Se eu contar assim, 1% ou 2% levantam a mão", afirmou ele.

Rafael reafirmou seu compromisso com a manutenção dos direitos dos trabalhadores. "Eu fiz a minha parte e votei contra. Se tivesse me calado, como Carlos Eduardo fez, eu não estava nesse périplo em relação ao Senado justamente para derrotar ele. Minha maior omissão seria deixar que um deles entrasse no Senado. Meu papel é este: mostrar quem é cada um e dizer que a gente está defendendo o trabalhador brasileiro”, declarou Rafael.

Credito: Assessoria de imprensa do deputado Rafael Motta
Blog ipanoticias - Neto Camilo Radialista

Joaquim de Carvalho – O agente da PF que atrapalhou a investigação do próprio órgão para proteger um dos filhos de Jair Bolsonaro, Jair Renan

o que há em comum com o agente da Abin que atrapalhou investigação da PF para proteger filho de Bolsonaro e a fakeada
Joaquim de Carvalho – O agente da PF que atrapalhou a investigação do próprio órgão para proteger um dos filhos de Jair Bolsonaro, Jair Renan, é o mesmo que atuava como um dos principais seguranças do então candidato a presidente em Juiz de Fora no dia 6 de setembro de 2018, quando houve o episódio da facada ou suposta facada.

A reportagem sobre esse agente, Luiz Felipe Barros Felix, foi publicada nesta terça-feira pelo jornal O Globo, que, no entanto, não menciona que ele estava ao lado de Bolsonaro quando Adélio Bispo de Oliveira se aproximou, em Juiz de Fora.

Antes da ação em que Bolsonaro se contorce e é amparado pelos que estavam mais próximos, entre eles Felix, o agente da PF tinha se aproximado de Adélio e de um policial militar que estava de camiseta regata e supostamente fazia segurança voluntária.

Numa sequência de fotos tiradas por um profissional do jornal A Tribuna, o principal de Juiz de Fora, parece que Felix conversa com Adélio. Momentos antes, Adélio tinha tentado golpear Bolsonaro, mas atingiu apenas o ar e, em seu esforço, derrubou outro segurança voluntário, que estava de boné.

Uma sequência de imagens, em fotos e vídeo, mostra que o próprio Bolsonaro faz gesto para que todos se acalmem, desce dos ombros de um apoiador e interage com os presentes. Um vídeo mostra que alguém diz algo parecido com “Calma, Adélio”.

A fala, no entanto, foi submetida à perícia fonética, e a conclusão do inquérito é que não é possível identificar a frase exata, em razão de outras vozes e barulho, mas que poderia ser algo como “Calma, velho” ou “Calma véio”.

Alguns minutos depois, no cruzamento do calçadão da Halfeld com rua Batista de Oliveira, houve o episódio que Adélio supostamente acerta o golpe, e Bolsonaro é acomodado no piso de uma lanchonete, com a cabeça quase encostada em uma lata de lixo.

Ali ele esperou alguns minutos pela chegada do carro que usou para viajar do Rio de Janeiro a Juiz de Fora, uma SUV preta, onde estava Carlos Bolsonaro e um motorista. Bolsonaro foi levado para a Santa Casa de Misericórdia da cidade.

Um dos médicos que participaram da cirurgia se apresentou como voluntário e tinha estado com Bolsonaro em um encontro com empresários no Trade Hotel. É o angiologista Paulo Gonçalves, o primeiro a ser homenageado por Bolsonaro, depois de eleito.

Quando Bolsonaro era carregado para o carro, uma imagem mostrou o agente da PF Félix dando um “soquinho” no abdômen de Bolsonaro, supostamente ferido. Na semana passada, o UOL publicou um texto de checagem do Projeto Comprova que considera o “soquinho” tentativa de ajeitar o corpo de Bolsonaro para entrar no carro.

Félix, depois de supostamente falhar na segurança de Bolsonaro, foi chamado para assessorar o delegado Alexandre Ramagem, este nomeado diretor da Abin, ocupando um cargo com lotação no Palácio do Planalto.

A reportagem do Globo informa que a PF tinha começado a investigar Jair Renan havia quatro dias quando o agente Felix foi flagrado na garagem de um amigo do filho do presidente, o personagem trainer Allan Lucena.

Jair Renan e Allan Lucena eram parceiros em um empreendimento, e estariam agindo juntos para abrir as portas do governo federal para um empresário interessado em receber recursos públicos.

Jair Renan e o parceiro teriam recebido carro elétrico avaliado em R$ 90 mil do empresário interessado em favores do governo federal, o que, em tese, caracterizaria crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Conforme contou em boletim de ocorrência, Allan Lucena suspeitava que estava sendo seguido. Quando desceu à garagem de seu condomínio, em Brasília, encontrou o carro que já havia visto pela cidade próximo dele. Pediu ao porteiro que fechasse as saídas da garagem e chamou a PM.

Felix se identificou como policial federal e não foi levado à polícia. Já Allan foi à delegacia, mas, alguns dias depois, acabou desistindo da denúncia. Em depoimento à Polícia Federal, mais tarde, alegou que teve medo de retaliações e afirmou que “se sentiu ameaçado”.

“O objetivo era saber quem estava utilizando o veículo”, disse Felix, em depoimento à PF. “O objeto de conhecimento era para saber se os informes que pudessem trazer risco à imagem ou à integridade física do presidente eram verdadeiros ou não”, acrescentou ele, sem dar mais detalhes da operação.

Ele disse que recebeu “a missão” de um chefe da Abin. O órgão, subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no entanto, negou ao Globo que haja registro da operação. Se não foi ordem do GSI, de quem foi?

A imprensa já revelou que o padrinho da indicação de Ramagem para o GSI foi Carlos Bolsonaro, que, no início do governo, se desentendeu com Gustavo Bebianno, então ministro, por conta de seu desejo de criar uma “Abin paralela”.

No relatório encaminhado à 10a. Vara da Justiça Federal em Brasília, a PF considera a ação de espionagem de Felix como agente da Abin interferência na investigação sobre tráfico de influência e pode ter estimulado os investigados (Jair Renan e Allan) a combinarem versões a respeito dos fatos, e conclui que “não há justificativa plausível” para a diligência dele.

“A referida diligência, por lógica, atrapalhou as investigações em andamento posto que mudou o estado de ânimo do investigado, bem como estranhamente, após a ampla divulgação na mídia, foi noticiado, também, que o sr. Allan Lucena teria ‘devolvido’ veículo supostamente entregue para o sr. Renan Bolsonaro”, registra o documento policial, segundo O Globo.

O caso da perseguição do personal trainer Lucena pelo agente da Abin foi retratado no documentário “Fakeadas – Bolsonaro e a guerra contra o Brasil”, que o YouTube censurou.

O filme, de minha autoria, mostrava a fábrica de mentiras montada pelos atuais titulares do Planalto. Fakeadas, como no filme “Bolsonaro e Adélio – Uma fakeada no coração do Brasil” (também censurado pelo YouTube), foi uma palavra usada como sinônimo de farsa.

No documentário, a farsa retratada é a versão do inquérito para os fatos em Juiz de Fora. Adélio não era o militante de esquerda apresentado. Pelo contrário. Embora tivesse sido filiado ao PSOL no passado, defendia bandeiras bolsonaristas, como a redução da maioridade penal e o combate ao projeto de lei que criminaliza a homofobia.

Felix deixou o GSI depois do flagrante na garagem do condomínio de Allan Lucena, e não deu entrevista. Quando eu o procurei, durante a realização do documentário, também não retornou a meu contato.

Logo depois de falar com Lucena, recebi mensagem ameaçadora, registrei boletim de ocorrência na 5a. Delegacia de Polícia do Distrito Federal e manifestei intenção de representar contra o personal trainer, autor da ameaça. Não tive retorno sobre o que fez a Polícia Civil.

Blog ipanoticias - Neto Camilo Radialista

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