29/06/2022

CGU encontrou no MEC quase R$ 19 bilhões em distorções

CGU encontrou no MEC quase R$ 19 bilhões em distorções
O relatório que mostrou R$ 18,8 bilhões sem explicação ou com falhas no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do MEC.

A Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu que R$ 18,8 bilhões dos gastos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação (MEC), no ano passado, não foram explicados.

Trata-se de relatório da CGU que apurou os destinos dos recursos do principal fundo do MEC, do qual o GGN teve acesso.

A conclusão é que os documentos referentes a quase 19 bilhões deste financiamento “não refletem adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa do FNDE”.

São 63 páginas do relatório da CGU que mostram distorções, como a de mais de R$ 10 bilhões dos recursos do Fies informados pela pasta para os que foram efetivamente usados; programas como o Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), Pnate (Programa Nacional de apoio ao Transporte Escolar) e PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) não prestaram contas de R$ 7,3 bilhões de créditos junto ao FNDE, e números distorcidos dos saldos de juros de financiamentos do Fies.
 
“As distorções identificadas, em sua maior parte, se referem a lançamentos indevidos nas contas contábeis relacionadas ao Fundo de Financiamento Estudantil, ao Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo, e à escrituração de direitos sobre transferências do Pnae, Pnate e PDDE.”

Falhas internas

Esses valores que apresentaram falhas nas comprovações são, segundo a CGU, erros de fiscalização, de controles internos, do próprio trabalho de realizar os ajustes e atualizações dos valores, e da falta de auditorias da pasta do MEC.

“A ausência de controles internos eficientes oportunizou a ocorrência de distorções elevadas nas demonstrações contábeis,superiores a R$ 18 Bilhões, impactando negativamente a Prestação de Contas do Presidente da República e o Balanço Geral da União.”

Inconsistências de bilhões

O órgão aponta, contudo, que mesmo que as falhas possam ser meramente das funções burocráticas de fiscalização e acompanhamento dos recursos, há números que representam inconsistências e que devem ser apurados.

“Em relação ao Fies, verificou-se inconsistência nos saldos relacionados aos financiamentos concedidos no valor de R$ 10,4 Bilhões; inconsistência nos saldos relativos ao registro de financiamentos do Fies concedidos em 2021, no valor de R$ 3,5 Bilhões; classificação indevida de créditos a receber (principal e juros), relacionados a empréstimos de longo prazo, que têm prazo de realização inferior a doze meses, no valor de R$ 5,4 Bilhões; e superavaliação das contas 121110312 e 441110100, no valor de R$ 369.218.557,82.”

Blog ipanoticias Neto Camilo Radialista

NOTÍCIAS BOA PARA OS BRASILEIROS Lei nº 14.385, de 27 de junho de 2022. Publicado por Presidência da Republica

Lei nº 14.385, de 27 de junho de 2022. Publicado por Presidência da Republica
Altera a Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, para disciplinar a devolução de valores de tributos recolhidos a maior pelas prestadoras do serviço público de distribuição de energia elétrica. Ver tópico (2 documentos)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, passa a vigorar com as seguintes alterações: Ver tópico

“Art. 3º .

XXII - promover, de ofício, a destinação integral, em proveito dos usuários de serviços públicos afetados na respectiva área de concessão ou permissão, dos valores objeto de repetição de indébito pelas distribuidoras de energia elétrica em razão de recolhimento a maior, por ocasião de alterações normativas ou de decisões administrativas ou judiciais que impliquem redução de quaisquer tributos, ressalvados os incidentes sobre a renda e o lucro.

§ 8º Para a destinação de que trata o inciso XXII do caput deste artigo, a Aneel deverá estabelecer critérios equitativos, considerar os procedimentos tarifários e as disposições contratuais aplicáveis e observar:

I - as normas e os procedimentos tributários aplicáveis à espécie;

II - as peculiaridades operacionais e processuais relativas a eventuais decisões judiciais ou proferidas por autoridade tributária competente;

III - a destinação integral dos valores do indébito, após apresentação ao órgão fazendário competente de requerimento do crédito a que faz jus, nos termos da legislação de cada ente tributário;

IV - os valores repassados pelas distribuidoras de energia elétrica diretamente aos consumidores em virtude de decisões administrativas ou judiciais;

V - o equilíbrio econômico-financeiro da concessão.” (NR)

“Art. 3º-B A Aneel deverá promover, nos processos tarifários, a destinação integral, em proveito dos usuários de serviços públicos afetados na respectiva área de concessão ou permissão, dos valores objeto de repetição de indébito pelas distribuidoras de energia elétrica relacionados às ações judiciais transitadas em julgado que versam sobre a exclusão do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) da base de cálculo da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

§ 1º Para a destinação de que trata o caput deste artigo, deverão ser considerados nos processos tarifários:

I - o valor total do crédito utilizado em compensação perante a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, acrescido de juros conforme o § 4º do art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995;

II - a integralidade dos valores dos créditos requeridos à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil a serem compensados até o processo tarifário subsequente, conforme projeção a ser realizada pela Aneel;

III - os tributos incidentes sobre os valores repetidos de que trata o caput deste artigo;

IV - os valores repassados pelas distribuidoras de energia elétrica diretamente aos consumidores em virtude de decisões administrativas ou judiciais;

V - a capacidade máxima de compensação dos créditos da distribuidora de energia elétrica.

§ 2º A destinação de que trata o caput deste artigo dar-se-á nos processos tarifários anuais, a partir do primeiro processo tarifário subsequente ao requerimento à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil.

§ 3º Ressalvada a forma de destinação de que trata o inciso II do § 1º deste artigo, a Aneel poderá determinar a antecipação da destinação do crédito ao requerimento à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, desde que:

I - haja anuência da distribuidora de energia elétrica quanto ao valor a ser antecipado;

II - seja a distribuidora de energia elétrica restituída da remuneração referente ao valor antecipado.

§ 4º A remuneração da antecipação de que trata o § 3º deste artigo será definida pela Aneel.

§ 5º O disposto no § 3º deste artigo é aplicado ao crédito ainda não requerido à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, desde que haja anuência da distribuidora de energia elétrica.

§ 6º A Aneel promoverá revisão tarifária extraordinária com vistas a efetuar exclusivamente a destinação de que trata o caput referente às decisões judiciais anteriores à entrada em vigor deste artigo.

§ 7º O disposto no § 6º deste artigo aplica-se às distribuidoras de energia elétrica cujos últimos processos tarifários tenham sido homologados a partir de janeiro de 2022.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação .

Brasília, 27 de junho de 2022; 201º da Independência e 134º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

Este texto não substitui o publicado no DOU de 28.6.2022

Credito: justbrasil - Adolfo Sachsida
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