'Tenho fé que vou vencer cada obstáculo', diz Bruno Covas após deixar UTI em SP
Covas foi extubado no fim da tarde de segunda-feira (3), após o
sangramento que teve na cárdia, localizada na transição entre o estômago e o
esôfago, ser estancado.
Na imagem divulgada nas redes sociais, Covas aparece ao lado do filho,
Thomás, de 15 anos, com a camiseta do Santos, time para o qual ambos torcem. Na
mensagem, o prefeito licenciado diz ter vencido mais uma etapa e ter fé em
continuar a driblar os próximos obstáculos.
"Mais uma batalha vencida. Tenho
fé que vou vencer cada obstáculo. Agradeço a todas as orações, as mensagens de
carinho, a força que vocês tem me dado. Peço desculpas por não conseguir
responder a tantas mensagens que chegam por aqui, pelo WhatsApp, pelo telefone.
Sintam-se todos abraçados. Agradeço sinceramente por serem tão generosos
comigo. Agradeço também ao Ricardo Nunes e toda nossa equipe da Prefeitura que
vêm cumprindo nossa diretriz de não deixar parar nada e avançar com o trabalho
e cumprir nossos compromissos com a população de São Paulo", disse Covas
na postagem.
"E daqui a pouco é torcida pro nosso Santos!!!", acrescentou o
prefeito licenciado, sobre a partida de seu time na Copa Libertadores.
·
Entenda a evolução do
câncer que afeta Covas
Segundo o infectologista David Uip, um dos responsáveis pelo tratamento
do prefeito, ele dormiu a noite toda, passa bem, mas não há "qualquer
previsão de alta". Ainda de acordo com o especialista, a equipe médica
considera o sangramento como um evento pontual.
“Entendemos o sangramento como evento pontual. Faz parte do
acompanhamento de doentes crônicos que tenham eventos pontuais. No caso, foi um
sangramento gástrico, mas poderia ter sido uma infecção ou qualquer outra
contingência. Como tal, este procedimento foi enfrentado. Foi enfrentado o
sangramento, foi estancado o sangramento, o paciente foi para uma unidade de
terapia intensiva e acaba de ter alta”, afirmou Uip.
Na manhã desta segunda, o prefeito havia sido transferido para a UTI e intubado depois que um exame encontrou um sangramento causado por uma úlcera no tumor original, na cárdia, a passagem do esôfago para o estômago.
Durante a coletiva,
os médicos afirmaram que Covas está disposto,
fazendo piadas e manifestou preocupação em conseguir acompanhar a partida entre
seu time, o Santos, e o The Strongest,
da Bolívia, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da
América.
"Está animado, revigorado, fazendo piadas. Mesmo diante das
dificuldades, procura descontrair", completou o também oncologista Tulio
Pfiffer.
Quimioterapia
Por conta do sangramento, as sessões de quimioterapia e imunoterapia que o prefeito faria na segunda (3) foram suspensas e seguem sem previsão de serem retomadas.
“Aquilo que estava previsto, que era a
segunda sessão de quimioterapia, obviamente foi adiada e vai depender de outros
fatores, inclusive a recuperação do sangramento. Além do estancamento do
sangue, ele teve que receber unidades de sangue. Foi um sangramento agudo. O
prefeito neste momento está normal, sentado em uma cadeira, conversando
habitualmente”, afirmou Katz.
O oncologista Tulio Eduardo Flesch
Pfiffer afirmou que a interrupção temporária não implicará prejuízos para o
tratamento contra o câncer.
"Sempre que tem intercorrência
pontual, faz a pausa do tratamento oncológico, espera recuperar e restabelecer,
e depois retoma com calma o tratamento oncológico. A pausa se fez necessária,
mas não traz prejuízo em médio ou longo prazo em relação ao tratamento",
afirmou Pfiffer.
Como foi a última internação
Por causa dos efeitos colaterais do tratamento contra o câncer, Bruno Covas anunciou no domingo (2) que faria um pedido de afastamento do cargo por 30 dias. O vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumiu a gestão da cidade.
No mesmo dia, Covas foi internado para
realizar exames de rotina do tratamento oncológico - sangue e imagens, com o
objetivo de prosseguir o tratamento quimioterápico e imunoterápico. Nesta
bateria foi detectado o sangramento no local do tumor inicial, a cárdia.
Os médicos explicaram que a intubação
foi feita para proteger as vias aéreas do prefeito e evitar alguma laceração no
momento da endoscopia, procedimento utilizado para estancar o sangramento.
“O evento foi controlado com sucesso. A
intubação foi estratégia para evitar que os coágulos fossem aspirados e
contaminassem a via aérea. Foi uma intubação para proteger a via aérea durante
o evento. É diferente da intubação de quem tem insuficiência respiratória por
Covid ou alguma coisa assim. Não houve alteração da função respiratória”,
afirmou Artur Katz.
Credito: G1 SP
Blog: Neto Camilo – Neto Camilo
Radialista
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