08/02/2024

PF pega mensagens de general Braga Netto conspirando contra comandantes que sabiam do golpe

PF pega mensagens de general Braga Netto conspirando contra comandantes que sabiam do golpe
A operação Tempus Veritatis, realizada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, trouxe à tona a participação de altos escalões militares em uma trama para perpetuar Jair Bolsonaro no poder, contrariando os resultados das urnas. Entre os envolvidos, estão sete oficiais-generais de destaque, como o general Braga Netto, vice de Bolsonaro, e o general Estevam Theophilo, mostrando a profundidade da conspiração dentro das forças armadas, seja por ações diretas ou pela omissão.

As investigações da PF evidenciaram que a ideia de um golpe circulava não apenas entre militares bolsonaristas, mas também alcançava o alto comando das forças armadas. Em especial, o general Braga Netto foi flagrado em mensagens discutindo sobre o golpe, indicando que o atual comandante do exército, Tomás Paiva, estava ciente das conspirações, tentando inclusive dissuadir outros militares de aderirem ao movimento golpista.

As mensagens capturadas pela PF sugerem que Tomás Paiva, apesar de conhecer os planos golpistas e discutir sobre eles, não tomou medidas legais contra os envolvidos, configurando uma prevaricação. Vale ressaltar que Paiva já tinha relações com o general Villas Bôas em 2018 e participou de declarações controversas que pressionavam pela prisão do ex-presidente Lula.

A resistência de alguns generais ao golpe não decorria de um compromisso com a legalidade, mas sim de uma falta de confiança no sucesso da empreitada e medo de represálias. Curiosamente, as investigações avançaram não por denúncias dos generais cientes do golpe, mas pela delação do tenente-coronel Mauro Cid, que decidiu colaborar ao ser pressionado pela possibilidade de envolvimento de sua família.

Esta operação destaca o endosso institucional de setores das forças armadas à tentativa de golpe, evidenciando uma complacência com ideias golpistas em suas fileiras. A postura de Tomás Paiva e de outros generais, que optaram pelo silêncio diante de uma clara ameaça à democracia, levanta questionamentos sobre a adesão ao golpismo dentro do alto comando militar.
Credito: plantão Brasil
Blog: ipanoticias - Neto Camilo radialista
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